segunda-feira, 13 de junho de 2011

Indígenas Digitais - Índios online





Recomendamos à todos esta interação dos índios com a tecnologia . É um site dinâmico, que divulga a cultura indígena, e passa de maneira objetiva a ideia de inclusão digital .
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Inclusão Indígena na Tecnologia .


Os povos nativos são um segmento da sociedade que sempre ficaram excluídos
no acesso ao conhecimento, desde o surgimento das telecomunicações, as redes
eletrônicas e sua convergência nas Tecnologias de Informação e Comunicação (TICs,)
estas novas ferramentas causaram outro impacto nas  comunidades indígenas, o que
poderia considerar-se positivo ou negativo dependendo da possibilidade de acesso ou
uso. Os primeiros computadores acessíveis aos indígenas revelaram um
desconhecimento sobre seu uso, logo as TICs através de sistemas de redes, provocaram
outra exclusão, pois estas ferramentas implicavam uma conexão-vinculação, mas a
realidade indígena em geral carecia união, existindo alguns fatos isolados de grupos
étnicos com conexão simples a redes com uma difusão dos seus conteúdos  nos circuitos
virtuais (sobretudo de países do Norte).   A rede Internet constitui uma massa de
informação que apresenta fundamentalmente um caráter etnocêntrico, que não considera
as diferenças culturais e identidades étnicas das culturas minoritárias.

INCLUSAO DIGITAL

             
Os indígenas são levados, portanto, a conhecer novas tecnologias, o que inclui a Internet, deixando, dessa forma, um caminho aberto à inclusão digital.
Esse processo de inclusão é uma atividade difícil, pois foge das linhas tradicionais da cultura indígena. Não se pode esquecer que nasceram em tribos, onde a cultura não se assemelha com a dos “brancos” e, ainda, considerar que muitos deles são totalmente ignorantes na sua própria cultura.

Nos dias atuais existem povos indígenas que vivem isolados na mata, que ainda não foram totalmente atingidos pela cultura de outras raças. Porém, existem aqueles que já tiveram um contato maior, e por ter a necessidade de enfrentar a mesma vida, de competir no mercado de trabalho e ser cobrado de conhecimentos, começa a colocar de lado seus costumes e tradições. Portanto, são levados a conhecer novas tecnologias, o que inclui a Internet, deixando, desta forma, um caminho aberto à inclusão digital para os índios.

Pobreza, falta de emprego, consumo de bebidas alcoólicas,evasão escolar, são problemas que estão deixando de fazer parte das aldeias indígenas do Estado de Mato Grosso do Sul. Um projeto elaborado por acadêmicos e professores do Centro Universitário da Grande Dourados – UNIGRAN vem sendo
desenvolvido junto às aldeias indígenas e pretende beneficiar nove mil índios na Reserva de Dourados (FUNAI, 2001).

Baseando-se nessa realidade, a UNIGRAN, incorporou um processo de aprendizagem juntamente com a AMI – Amigo do Índio (ONG – Organização Não-Governamental) –, na tentativa de colocar a raça indígena no processo de inclusão digital. Atualmente, a AMI encontra-se na aldeia indígena Jaguapiru, que tem como sede o NAM – Núcleo de Atividades Multidisciplinares –, e conta com diversos cursos
de aperfeiçoamento direcionado ao índio. Existem projetos em andamento como relata:
Após pesquisar durante dois anos os problemas e as aspirações das comunidades indígenas, a UNIGRAN está construindo na reserva dois núcleos para apoiar as comunidades indígenas – Núcleo de Atividades Múltiplas (NAM). Nos locais, os alunos e professores dos 16 cursos da universidade trabalharão projetos
de extensão nas áreas de psicologia, fisioterapia, educação bilíngüe, ciências biológicas, direito, educação física, computação e administração de empresas e rural (FUNAI, 2001).

Cassiano, um dos alunos indígenas, “o computador é novidade para mim e
eu estou aproveitando a oportunidade para me atualizar” (UNIGRAN, 2003).

Uma análise global observa-se que os alunos tiveram um rendimento bastante homogêneo em se tratando das modalidades a distância e semi-presencial, tendo uma variação inferior a 8,4%, em cada um dos indicadores. Na modalidade semipresencial a porcentagem de alunos e provados foi 1,4% menor. No entanto, a porcentagem de alunos aprovados foi na ordem de 7,6% menor.
Em relação aos alunos indígenas que cursaram a disciplina de Ciência Política no ano de 2003, na modalidade semi-presencial, o aproveitamento foi de 100%, o que indica um bom  de -sempenho no processo de inclusão digital e na aprendizagem EAD.
A partir de 2004, o processo foi expandido para um número maior de disciplinas em regime de dependência e adaptação e disciplinas como Didática, Psicologia da Aprendizagem, Psicologia do Desenvolvimento II e Língua e Literatura Latinas, na modalidade semi-presencial, foram aumentadas nos cursos de Matemática, Pedagogia, Artes Visuais e Letras, respectivamente, com a anuência de professores e coordenadores que, após a avaliação desse processo, estavam mais suscetíveis a acatar a educação a distância, embora ainda vista como um projeto em experiência.


Conforme a Revista do Professor Nova Escola, a Educação Indígena, atualmente, conta com 2,298 escolas indígenas no Brasil, tendo 149.170 alunos matriculados. 88% dos professores indígenas são índios, 320 professores fazem curso superior específico em educação indígena e 100 professores têm formação superior em diversas áreas (NOVA ESCOLA, 2005).







Indígenas digitais


O site Índios Online, por exemplo, é um site criado por comunidades indígenas que se mobilizaram e continuam se posicionando em relação a diversos assuntos, um site no qual fica visível como a apropriação das tecnologias digitais auxilia na melhoria da qualidade de vida. Indígenas Digitais mostra como funciona a rede Índios Online (www.indiosonline.org.br), que nasceu em abril de 2004, e nestes seis anos contou com a participação de 500 indígenas de 25 etnias. Eles já publicaram três mil matérias e receberam 10 mil comentários, num total de quase 2 milhões de visitas. O filme aborda a necessidade do povo indígena falar ao mundo e mostra como várias tribos dialogam entre si, conhecendo umas a realidade das outras. Uma espécie de link entre a tecnologia e a manutenção das tradições permitindo a inserção dos índios no mundo globalizado, mas, principalmente, deixando que eles sejam protagonistas da própria história.
os jovens indígenas e a inclusão digital: A web é encarada pela juventude indígena como "janela" para o mundo, com uso bastante focado e de interação fluída, domínio das ferramentas tecnológicas é forma de inclusão em uma  sociedade que não os vê.


Estação digital Wawã Paju fortalece identidade cultural do povo Zoró

O orientador cultural cacique Manoel Toathore Zoró, 49 anos, conta que, durante o período em que permanece na Aldeia Escola Zawã Karej Pangyjej, concilia as aulas e os cursos da Estação Digital. A tarefa de Manoel é assegurar a perpetuação da cultura indígena junto à comunidade Zoró. Reunidos em torno do cacique, alunos indígenas e não indígenas escutam histórias, mitos e ritos dos seus antepassados. Esses relatos são registrados em idioma Tupi, tronco lingüístico mondé. Após trabalhadas em sala de aula, as histórias são traduzidas para o português e arquivadas. Esse é um momento de troca de experiências e integração entre os índios e não índios.
A Estação Digital Wawã Paju tem mesmo transformado a vida da aldeia Anguytatua e das comunidades vizinhas. Em 2007, a unidade capacitou 20 alunos, dos quais 15 índios e cinco moradores da região. Uma realização e tanto, contando que eles vivem numa região isolada e não tinham qualquer acesso às tecnologias de informação.
Os cursos acontecem na Aldeia Escola Zawã Karej Pangyjej, que funciona em regime de semi-internato. Os alunos da Aldeia Pawanewã e Zawã Karej se deslocam a pé. Os que residem em aldeias distantes vão no transporte escolar que os levam até escola, onde permanecem por 20 dias.
O Povo Zoró são exímios caçadores, coletores de frutos silvestres e extrativistas. Trabalham com coleta da castanha-do-brasil e óleo de copaíba. Também plantam mandioca, milho, algodão, urucum, cará, banana, entre outras culturas. Os excedentes da produção são vendidos para auxiliar a renda familiar.
Segundo o Coordenador Social da Estação, Robson Miguel da Silva, nessa região não existem cursos profissionalizantes para capacitação dos jovens para o mercado de trabalho. "Neste sentido, a estação digital é de grande importância para que eles aprendam mais e, no futuro, sejam pessoas mais capacitadas para auxiliar no fortalecimento da comunidade", ressalta.
Em tempo. Na língua materna, o aluno Marcelo Xipapewanzap Zoró quis dizer: "Na estação digital, aprendemos a escrever, a ler e a interpretar. Melhoramos, também, a aprendizagem em sala de aula e nossos trabalhos de pesquisa".
Inclusão digital
A Fundação Banco do Brasil desenvolve o Programa de Inclusão Digital desde 2004 e já são 243 estações digitais em todo país. O objetivo do programa é reduzir o índice de exclusão digital no município, promover a iniciação à informática, propiciar formação e qualificação para o trabalho, acesso aos serviços do governo eletrônico, fortalecer as ações das organizações da sociedade civil a partir de uma ótica participativa e comunitária e contribuir com a qualidade da aprendizagem na escola pública.
O programa capacita educadores sociais das próprias comunidades e promove a sustentabilidade das estações digitais implementadas.
A iniciativa, em parceria com o Ministério do Planejamento, Orçamento e Gestão, o Banco do Brasil, a Associação de Apoio à Família, ao Grupo e à Comunidade (Afago) e a Cobra Tecnologia, também conta com um Centro de Recondicionamento de Computadores (CRC). Localizado no Gama, cidade satélite do Distrito Federal, o CRC atua na formação de jovens entre 16 e 24 anos e no recondicionamento de computadores.
Em 2008, o Programa de Inclusão Digital da Fundação Banco do Brasil deve receber um investimento de R$ 2,7 milhões.



KITS MULTIMÍDIA

 Ministério da Cultura implantará 150 Pontos de Cultura em comunidades indígenas até 2010.
 O Programa Mais Cultura, do Ministério da Cultura, inicia uma série de rodas de conversa para promover a inclusão digital de comunidades indígenas de todo o Brasil. As rodas fugirão do modelo tradicional de capacitação e buscam envolver as comunidades indígenas com as novas tecnologias da informação (TICs) e com a produção de conteúdos audiovisuais a partir de seus próprios referenciais. A ação será desenvolvida em parceria com a Fundação Nacional do Índio (FUNAI) e com a Associação Cultura e Meio Ambiente (ACMA) – Rede Povos da Floresta, responsável pela implantação do projeto e pela formação dos indígenas.

 As rodas integram o processo de implantação dos primeiros 30 Pontos de Cultura em comunidades indígenas de cinco estados: Acre, Amazonas, Mato Grosso, Rondônia e Roraima. A meta do Programa Mais Cultura é implantar até 2010, em todo o país, 150 Pontos de Cultura Indígenas, por meio de um acordo de cooperação firmado com a FUNAI e de convênios com entidades indígenas e indigenistas. O investimento inicial é de R$ 6,4 milhões. Outros 60 Pontos de Cultura Indígenas serão implantados até o fim de 2009, e os 60 restantes até 2010.

 Cada Ponto de Cultura receberá um kit multimídia. O objetivo é que as comunidades indígenas utilizem as novas tecnologias como ferramentas para a preservação e fortalecimento de sua identidade cultural. De acordo com o secretário da Identidade e Diversidade Cultural do Ministério da Cultura, Américo Córdula, “o uso de equipamentos multimídia nas comunidades indígenas, ao contrário do que se imagina, têm reforçado a tradição oral e a busca dos mais jovens pelos fundamentos de suas culturas tradicionais, que passam a ser objeto de uma enorme produção de conteúdos audiovisuais e motivo para a intensificação das trocas com outras comunidades indígenas e com os não-índios, que fomentaremos ainda mais através da articulação com a Rede Povos da Floresta, a rede de Pontos de Cultura e a rede criada a partir do Prêmio Culturas Indígenas, dentre outras.”

Composição do Kit Multimídia
Computador desktop com acesso à internet banda larga, leitor e gravador de DVD, monitor 17 polegadas, teclado, mouse, par de caixas de som e placa de vídeo para edição; servidor, placa de rede, cabos, conectores, no break, web cam, fone de ouvido com microfone, placa de captura de vídeo, material para montagem de rede e estabilizador; filmadora digital, câmera fotográfica digital, microfone supercardioide, bateria para filmadora, fone de ouvido e fita minidv; kits de painel fotovoltaico, bateria, controlador de carga, módulo solar e inversor de voltagem de 12vcc para 110 V.





Afinal, o que é TIC ?


Chamam-se de  Tecnologias de Informação e Comunicação (TICs) as tecnologias e
métodos para comunicar surgidas no contexto da Revolução Informacional, “Revolução Telemática” ou Terceira Revolução Industrial, desenvolvidas gradativamente desde a segunda metade da década de 1970 e, principalmente, nos anos 1990. A imensa maioria delas se caracteriza por agilizar, horizontalizar e tornar menos palpável (fisicamente manipulável) o conteúdo da comunicação, por meio da digitalização e da comunicação em redes (mediada ou não por computadores) para a captação, transmissão e distribuição das informações (texto, imagem estática, vídeo e som).
Considera-se que o advento destas novas tecnologias (e a forma como foram utilizadas por governos, empresas, indivíduos e setores sociais) possibilitou o surgimento da “sociedade da informação”. Alguns estudiosos já falam de sociedade do conhecimento para destacar o valor do capital humano na sociedade ESTRUTURADAS EM REDES TELEMÁTICAS. 








OS INDIOS BRASILEIROS ENTERRAM CRIANÇAS VIVAS POR SEREM PORTADORES DE DEFICIENCIA, MENTAL OU POR SEREM GÊMEOS, OU POR SEREM FILHOS SOLTEIROS..